Boy in the Woods - Curta Animado (Oficial)

Um curta musical animado sobre aceitação do autismo. As aventuras de um menino, e a jornada do seu pai. Uma co-produção entre Fábrica do Futuro e Hype CG (Brasil). A short musical animation about autism acceptance. The adventures of a boy, and the journey of his father. A co-production between Fabrica do Futuro and Hype CG (Brazil). Este curta animado é uma adaptação do conto musical de Francisco Hauck. Conto musical é um formato narrativo que prioriza a música como linguagem descritiva de histórias, cenários e personagens. ETAPA 1 A obra original, em forma de áudio, foi gravada em 2017 no estúdio Audio Porto (Porto Alegre, Brasil). Rafael Hauck foi o engenheiro de gravação, mixagem e masterização. Stefan Geiger, maestro da Alemanha, fez a regência das sessões, que contaram com quase 40 músicos. As sessões foram feitas sem metrônomo, para capturar a essência da performance humana como um elemento fundamental da construção do arco dramático da história. A energia e o talento dos músicos transmitiu para a obra o aspecto de carga emocional profundo da peça. O formato de conto musical tem uma característica bastante inovadora. Nele, a música se comporta como o palco de uma peça de teatro, assumindo um fluxo dinâmico, que conecta cenas e descreve o ambiente dramático da história. Neste sentido, o papel da música transpõem sua função tradicional, se transformando nas páginas de um livro na nossa imaginação. ETAPA 2 Quando o conto do menino foi apresentado para Gabriel Garcia, do estúdio de animação Hype CG, também de Porto Alegre, ele adorou a ideia de usar esta história para fazer um curta metragem. Então começou um longo processo. É muito difícil adaptar uma obra de natureza imaginativa para quadros visuais. O roteiro foi trabalhado, produzindo um híbrido muito interessante. O resultado final é a convergência de música e arte visual, colaborando juntas para tocar o público e atingir o objetivo de transporta-lo para o ponto de vista de um menino autista, em uma jornada de sensações. A contribuição da equipe talentosa de animação, encabeçada pelo diretor Fabiano Pandolfi, foi fundamental. Sua dedicação e paixão pela obra igualaram o empenho dos músicos na primeira etapa. ETAPA 3 Como o roteiro adaptado criou alterações no fluxo do conto musical, foi necessário realizar a gravação de trechos extras, conectando as lacunas deixadas na musica original. Neste momento, contamos com Alexandre Ritter, que fez a regência das sessões. Decidimos inovar mais uma vez. Abrimos os ensaios para o público externo, para mais pessoas poderem experimentar este momento mágico de criação. O resultado foi novamente algo tecnicamente excelente, mas principalmente orgânico e emocionante. O grande proposito do projeto sempre foi emocionar pessoas. Enfim, a criação deste curta envolve uma longa jornada. Desde as primeiras ideias, compostas no meu computador em 2016, até sua conclusão em 2020. Jamais vou esquecer o dia que estava no meu home studio, esboçando algumas ideais no Logic. Quando meu irmão Rafael chegou do meu lado, eu virei pra ele e falei: “Rafa... este é o Boy in the Woods“. Eu havia composto um trecho misterioso, e desde o primeiro momento eu imaginei um menino curioso, entrando para explorar uma floresta sombria. Sempre gostei de aventuras... Fato curioso: eu estava fazendo uma cadência para testar o som de um sample de fagotes a3. Quem diria? A melodia foi espontânea. MENTORIA Durante todo o processo, o projeto teve a sorte de contar com a mentoria de Barry Chattington (cineasta britânico envolvido com nomes como Grace Kelly, Pink Floyd, Paul McArtney, Monty Python). A ideia sempre foi produzir algo de contexto mundial. Neste sentido, a mentoria da Fábrica do Futuro, liderada pelo amigo Cesar Couto Ferreira, foi essencial. AUTISMO Ao longo de seu desenvolvimento, Boy in the Woods se transformou em uma analogia que aborda o tema do autismo. Na época, em 2016, eu ainda não havia recebido o diagnóstico que meu filho Vitor estava no espectro. Então, esta obra acabou sendo auto biográfica. Mas isto foi um fenômeno trazido pelo universo, em todo seu poder e esplendor. Jamais saberei se compus Boy in the Woods, ou se apenas o canalizei.
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